Olá, sou a Carol Primo. Psicóloga, professora, supervisora. Mãe de duas crianças lindas. “Mãe” de dois doguinhos.

Como tudo começou?
Na graduação que iniciei no ano 2000 na UMESP já me apaixonei pela Psicologia. Achava que seria Psicóloga Hospitalar e tinha convicção de que minha abordagem seria a Fenomenologia. Ainda na faculdade, fui estagiária em uma clínica multidisciplinar na qual trabalhava com pessoas com deficiência onde tive minhas primeiras experiências no atendimento a crianças, que eram o público majoritário da clínica.

Logo após me graduar, fiz o mestrado em Psicologia da Saúde da UMESP na qual a maravilhosa Marília Vizzotto me “catequizou” (no melhor dos sentidos) em Melanie Klein. Em seguida cursei a especialização em Psicoterapia Psicanalítica idealizada e coordenada pelo saudoso Ryad Simon na USP. Neste período eu entrei como psicóloga concursada no Hospital do Servidor Público Estadual. Lá, por critério de classificação na prova, me deparei com a seguinte escolha: atender crianças ou adultos. Escolhi pelas crianças.

Como me tornei docente?
Foram quase cinco anos de ambulatório infantil. Ao final deste período tive a oportunidade de iniciar minha carreira como docente em graduação de Psicologia. Em um momento familiar mais difícil me vi com três empregos: a clínica particular (na qual sempre atuei), no hospital e, agora, na faculdade.

A vida é feita de escolhas!
Após alguns meses, optei por sair do hospital. Na docência tive minhas primeiras experiências como supervisora. Percebi que a sensação de despreparo que tive quando iniciei como psicóloga de crianças e adolescentes se mantinha nas futuras psicólogas que eu supervisionava. 

Em especial, vi duas grandes dificuldades:
1. Entender como instrumentalizar o brincar na psicoterapia;
2. Saber como lidar com os pais dos pacientes.

No início de 2020, com um filho com 2 anos e uma bebê de 4 meses me vi diante de uma nova escolha e, com dor no coração, deixei a docência em graduação. Logo veio a pandemia e pude manter e ampliar minha atividade como psicóloga clínica e, juntamente com meu marido, cuidar de nossos filhos em momento tão turbulento.

Ainda naquele ano duas coisas ficaram muito claras para mim:
1. Precisava ajudar as pessoas a lidarem com as crianças e os adolescentes em meio ao furacão da Covid 19;
2. Também precisava ajudar as psicólogas a se capacitarem para entender o público infantil e adolescente.

Como uma mãe de dois bebês que trabalha em isolamento social não tem mais o que fazer (rs...) fiz o curso sobre Psicopatologia Infantil da Artmed coordenado pelo psiquiatra Francisco Assumpção. 

A minha mente é inquieta e quero sempre aprimorar. Atualmente curso pós-graduação em Psicanálise e Análise do Contemporâneo da PUCRS. Continuo como psicóloga clínica, coordeno grupos de estudo e supervisão, tenho um grupo exclusivo de psicólogas que atendem crianças e adolescentes e sou da comissão organizadora do coletivo Psicólog@s do ABC.

Meu propósito
São diversos os motivos pelos quais eu me engajei e me engajo em tantas atividades e cursos, mas o principal deles é ajudar pessoas. Sejam elas meus pacientes e suas famílias, sejam elas psicólogas que buscam aprimorar seu conhecimento e sua prática. Por fim, também faço tudo isso pelo que eu aprendo nessas trocas. Descobri que se eu prestar atenção, aprendo com colegas, alunas, supervisionandas, pacientes e suas famílias.

Talvez seja essa uma boa definição a meu respeito: uma pessoa apaixonada por Psicologia e também curiosa, que não quer nunca parar de aprender e descobrir coisas novas e compartilhar o que sabe com quem quiser dividir o pão da experiência da vida humana.