A adolescência como a conhecemos é um fenômeno recente na história humana. A década de 1960 é considerada o grande marco da nova adolescência por ser um momento em que os jovens passaram a dominar a questionar os modelos de comportamento e visão de mundo de seus pais.

A adolescência inicia na puberdade e é marcada pelo progressivo ganho de autonomia do adolescente. Essa trajetória muitas vezes é marcada por conflitos com os pais e a tentativa de demarcar sua visão de mundo por parte do adolescente.
 
A psicoterapia com adolescentes busca dar voz a ele através da relação terapêutica, dando a oportunidade para ele falar sobre as suas experiências, sentimentos e percepção do mundo. O vínculo terapêutico é transformador porque possibilita que o adolescente “ensaie” dentro do enquadre da sessão várias possibilidades de ser e de estar no mundo. O objetivo é auxiliar o
adolescente no desenvolvimento da sua identidade.

O papel dos pais na psicoterapia do adolescente tende a ser decrescente conforme ele ganha autonomia, mas é ainda de grande importância. Muitas vezes é justamente a psicoterapia que faz a ponte entre pais e filhos e possibilita o diálogo entre pais e filhos.