Carol Primo Psicóloga

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Tolerância à Frustração

Tolerância à Frustração

Quando falamos sobre regras e limites, podemos entrar em algumas polêmicas. Mesmo compartilhando um conjunto de regras sociais formais e informais, cada família tem seu conjunto de valores sobre o que é certo e errado. A tolerância às violações das regras também varia dependendo do grupo familiar. Vale ressaltar que aprender a lidar com regras e limites sociais é fundamental para vivermos em grupo.

Este talvez seja um dos maiores dilemas humanos: como manter a individualidade e conviver socialmente ao mesmo tempo? Filósofos, cientistas sociais e psicólogos, dentre outros, tentam responder essa questão há séculos. Saindo um pouco do campo dos grandes pensadores, essa é uma das questões que cada um de nós precisa lidar ao longo da vida. É também uma questão na qual precisamos auxiliar nossas crianças e adolescentes.

A tolerância à frustração é importante para lidarmos com as regras e limites sociais, mas como podemos ensiná-la? Em primeiro lugar, através da nossa própria capacidade para lidar com as frustrações que a realidade nos impõe e, principalmente, através da nossa capacidade de suportar as frustrações de nossos filhos. Quando não suportamos o sofrimento deles passamos indiretamente a mensagem de que tanto eles quanto nós não somos capazes de lidar com os limites da realidade.

Não se trata de um prazer sádico de ver bebês, crianças e adolescentes sofrendo. Falamos sobre tolerar a impossibilidade de fazer tudo o que queremos quando queremos. Esperar a papinha esfriar um pouco para não queimar a boca. Acordar de manhã ou parar de brincar para ir à escola. Não comer apenas guloseimas. Aprender a esperar a vez. Respeitar quando um/a amigo/a diz não. Aceitar que mesmo os momentos prazerosos acabam. São apenas alguns exemplos.

Por fim vale ressaltar que os extremos costumam ser ruins. Ser demasiadamente intolerante à frustração pode ser tão ruim quanto ser tolerante ou submisso/a demais. Estar em desses extremos significa que algumas mudanças na relação pais-filhos provavelmente são necessárias. Em alguns casos, submissão ou intolerância exageradas podem até mesmo ser sintoma de algo mais grave que precisa de avaliação profissional.

Por: Carol Primo Psi

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