Carol Primo Psicóloga

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Promover a Saúde Mental de Nossos Filhos

Promover a Saúde Mental de Nossos Filhos

Comumente pensamos em resolver as situações depois que os problemas estão instalados. No caso da saúde, podemos pensar em quantas coisas poderíamos fazer para evitar doenças e deixamos para depois. Tendemos a pensar na saúde depois da doença ter se instalado. Nem sempre pensamos nisso, mas é possível prevenir doenças. Mais que isso, é possível promover saúde. Não apenas em relação à saúde corporal, mas também em relação à saúde mental.

De forma geral, falamos de prevenção sempre que executamos ações que têm o objetivo de evitar doenças (um exemplo disso é a vacinação que evita doenças virais). Falamos em promoção de saúde quando o objetivo da ação é a saúde, é desenvolver meios de melhorá-la ou obtê-la (é o caso da prática de atividades físicas, por exemplo). Promoção de saúde muitas vezes coincide com aquilo que costumamos chamar de qualidade de vida.

Como podemos praticar isso em relação à saúde mental? Não existe uma lista única e definitiva da qualidade de vida. Ao contrário, o que é considerado qualidade de vida tende a variar de pessoa para pessoa e de família para família. O que identificamos são alguns valores culturais que são compartilhados pela maioria de nós. Como é o caso de alcançar uma condição socioeconômica razoável, viver em uma cidade organizada e com violência mínima. Boa escola, boa alimentação, meios transportes adequados e acesso à saúde são facilitadores da saúde em geral, e também da saúde mental.

Além de elementos que são parte de um quadro político-social, refletimos sobre como vivemos em família. Como sua família convive? Como as pessoas se relacionam? Como é a convivência entre os membros da família? Investir na qualidade das relações familiares é uma parte fundamental da promoção de saúde mental. Conhecer e respeitar as fases de desenvolvimento dos filhos ajudará a esperar deles aquilo que podem oferecer (sem subestimar ou superestima-los).
 
Bebês precisam de apego, crianças precisam de brincar (de verdade), pré-adolescentes precisam de paciência para suas crises, adolescentes precisam de liberdade protegida. É importante investir em tempo para conversar com eles, tanto para falar quanto para ouvir. Ouvir de verdade. A capacidade de prestar atenção no que seu/sua filho/a fala ajudará a identificar as necessidades dele/a, seus sonhos, alegrias e problemas. Ajudará, inclusive, a saber o que ele/a precisa ouvir.

Por fim pensamos na ansiedade dos pais com o futuro dos filhos. Em uma sociedade competitiva como a nossa, é compreensível que fiquemos preocupados com a formação de nossos filhos e sua capacidade de trabalho no futuro. Mas vale a pena questionar: será que sobrecarregá-los de atividades e estudos fará deles pessoas saudáveis? Identificamos que o exagero de atividades sem tempo para brincar, fantasiar, conversar, descansar, criar, ouvir música, na verdade, adoece.

Por: Carol Primo Psi

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