Carol Primo Psicóloga

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Nativos Digitais

Nativos Digitais

O que o/a seu/sua filho/a vê na internet? Com quem ele/ela fala? Com quem se envolve? Para a maior parte das/os mães/pais que atualmente têm filhos crianças ou adolescentes o mundo conectado no qual vivemos não veio de berço. Não nascemos vendo fotos em redes sociais. Nossos amigos eram pessoas a quem conhecíamos pessoalmente. Ver algo proibido pelos nossos pais exigia certo grau de engenhosidade. Nossos filhos têm isso à distância de um clique, ou melhor, de um toque na tela.

Existe um nome para quem nasceu após o início da Revolução da Internet: Nativos Digitais.

Os choques entre gerações não são novidade na história humana. A novidade está na velocidade da conectividade entre pessoas e mundos. Está na acessibilidade aos meios eletrônicos que grande parte das crianças e adolescentes têm. Não por acaso o uso das mídias sociais pelos filhos é uma preocupação frequente dos pais. Um exemplo. Se descobrir a nudez do sexo oposto ou do próprio sexo requeria elaboração de esquemas e uma certa dose de coragem, hoje uma rápida pesquisa online garante imagens dos mais variados tipos. Isso quando as imagens “brotam” nos grupos de contatos.

Como lidar com esse fenômeno na vida dos nossos filhos? Especialmente quando nem sempre sabemos como lidar com ele em nossas vidas? Cada época tem seus próprios desafios. Este é um grande desafio de nossa época. Privar totalmente o acesso às mídias sociais levaria a criança ou o adolescente a estar literal e figurativamente desconectado do mundo em que vivemos. Abrir mão de qualquer controle ou supervisão levaria ao desamparo e desorientação diante do mundo.

Se em gerações passadas a criação de filhos era algo preestabelecido, com papéis bem definidos, atualmente não temos tantas certezas. Usar o modelo anterior sem modificações não responde as questões atuais. Entretanto, isso não significa que estamos à deriva. Acompanhar e orientar o desenvolvimento das crianças e adolescentes no uso dos meios eletrônicos parece ser um caminho interessante. Reconhecer a fase do desenvolvimento em que seu/sua filho/a está e orientar o uso da internet de acordo com ela pode ser um caminho.

Esse método pode não ser infalível nem prevenir todos os problemas. É, antes de tudo, a busca por um delicado equilíbrio entre a proximidade e a orientação dos pais e a autonomia do/a filho/a. Nesse aspecto a criação de filhos não mudou: ensinamos aquilo que consideramos ser o melhor caminho e esperamos para ver o caminho que eles seguirão.

Por: Carol Primo Psi

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