Carol Primo Psicóloga

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Mente Digital

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Vivemos o desafio de criar filhos em um mundo muito diferente daquele no qual vivemos quando crianças. Há quem sinta saudades e julgue a infância dos filhos “perdida”. Há quem pense que os itens de segurança e proteção da infância sejam “frescura” e “mimimi”, “Afinal, eu andava no carro sem sinto e não morri...” Há que seja entusiasmado com a tecnologia e as praticamente infinitas possibilidades que ela abre. Há quem simplesmente fique aliviado com o/a filho/a entretido em frente a uma tela e dando menos trabalho. Você se encaixa em um desses exemplos?

Podemos tomar várias posições diante da transformação tecnológica em que vivemos. Estudiosos falam em Revolução Digital e comparam as aceleradas mudanças que acontecem atualmente com as mudanças da Revolução Industrial. Estamos no olho do furacão de mudanças no modo de vida, trabalho e relações humanas. Estamos mudando também nossa forma de pensar e de compreender a nós mesmos e ao mundo que nos cerca (a nossa subjetividade está mudando). Isto nos atinge. Atinge também nossos filhos.

Como preparar crianças e adolescentes para serem adultos em um mundo que não sabemos como será? Como nos relacionar com nossos filhos se o desenvolvimento da mente deles está trilhando um caminho diferente daquele que conhecemos? Não existe resposta fácil. Existe a possibilidade de manter a nossa capacidade de observação em dia e descobrirmos junto com eles qual caminho trilhar.

Até aqui falamos das mudanças. Será que tudo mudou? Certamente não. Filhos continuam precisando do amor, atenção e cuidados dos pais. O relacionamento pais-filhos continua sendo desenvolvido do início da vida do/a filho/a (e até mesmo antes disso!) em diante. É uma relação que passa por várias fases e que envolve diversos sonhos, conflitos, alegrias, e tudo o que faz parte da vida humana.

Estamos mudando sim. Nosso modo de vida se transforma rapidamente. Crianças e adolescentes de hoje são chamados de nativos digitais. Não são apenas fluentes nos meios digitais, eles pensam de forma digital. E as mães e os pais, como ficam? Nos cabe aquilo que por gerações humanas aprendemos e transmitimos: cuidamos de nossos filhos com amor, fazemos o melhor que podemos, esperamos que eles se tornem adultos que saibam viver no mundo que os espera.

Por: Carol Primo Psi

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Francine

26/02/2025

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