Carol Primo Psicóloga

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Fim de Férias

Fim de Férias

As férias estão chegando ao fim. Após um longo recesso, adolescentes, crianças e muitos bebês retornarão à rotina escolar. Há mães/pais que levantam as mãos para os céus em agradecimento pela volta às aulas. É muito cansativo cuidar dos filhos o dia inteiro. Há quem fique feliz porque a rotina de trabalho impede estar com os filhos durante as férias. Eles se tornam um problema: com quem deixá-los? Talvez até existam aquelas/es que ficam com uma pontada de tristeza com o fim das férias escolares.
 
Talvez existam ainda outras formas de lidar com as férias escolares. Não nos cabe julgar qual desses grupos está “certo”. Mais importante é que cada um reflita como lida com o período de férias e com o final delas. Sugerimos que você avalie como foi ou está sendo o período atual. Se a família viajou (e para onde viajou) ou não, se passeou, não é o mais importante para essa reflexão, ainda que faça parte dela. A proposta é avaliar a relação familiar nesse período.

Pensamos em uma reflexão de mão dupla. Um aspecto chamaremos de pessoal, outro de grupal. No aspecto pessoal, como você se sente em relação a esse período, é/foi prazeroso? Aproveitou para se aproximar de seus filhos? Reafirmou laços familiares? Respeitou que filhos adolescentes precisam de um pouco de “espaço”? Ou preferiu ter você esse “espaço”? Você se sente satisfeito com a forma como a sua família se relaciona? Se as coisas não estão indo bem, qual é a sua participação nos conflitos familiares?

No aspecto grupal, pensamos no grupo familiar. Como você vê sua família? Seus filhos gostam do convívio familiar? Nos momentos de tensão na relação pais-filhos (ou entre os pais) o que prevalece, o amor ou o ressentimento? A cortesia ou a agressividade? Durante as férias foram mantidas regras rígidas de convivência ou elas foram flexibilizadas? Houve algum tipo de regra? O período foi vivido juntamente com a família estendida ou mesmo com amigos? A família tem prazer em conviver?
A escola tem recesso, a relação familiar, não. O período de férias não inaugura uma convivência de exceção.
 
Ao contrário, a proximidade que o maior tempo livre proporciona pode servir para evidenciar aquilo que muitas vezes é acobertado pela rotina.
 
Se o período de férias é/foi tenso e frustrante, provavelmente a relação familiar não esteja indo tão bem assim. Se é/foi um período de “lua de mel” familiar, vale a pena pensar se todo esse mel é real ou esconde conflitos. Se o período é/foi de convivência agradável e os eventuais conflitos puderam ser superados, provavelmente a convivência do dia-a-dia acontece da mesma forma.

Por: Carol Primo Psi

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