Carol Primo Psicóloga

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Dia das Mães

Dia das Mães

Mãe. Essa palavra tem muitos significados e é dita de muitas formas, cada uma com um sentido e um “colorido” diferente. Sentido de amor, raiva, fome, medo, carinho, alegria. São muitas as mães que são chamadas em um só nome: mãe. Nela são depositados tantas emoções e sensações, tantas expectativas e necessidades. Seria difícil exemplificar todas.

A mesma mãe toma formas diferentes ao longo da vida do/a filho/a. A mães do bebê é a mãe onipresente. É a mãe da urgência de quem depende dela para tudo. É a mãe que o bebê acredita que está com ela a todo tempo. A mãe da criança é a mãe da necessidade. Necessidade de afeto, de aprendizagem, de cuidados. É a mãe que aos poucos passa de muito necessária para ser progressivamente menos requisitada. Mas ainda é a mãe superpoderosa: resolve tudo.

A mãe do adolescente é a mãe ambivalente. É a mãe a quem se opor, contra quem se rebelar, de quem se envergonhar. Mas é também a mãe a quem pedir conselhos, a quem se ouve mesmo que de forma disfarçada. E é melhor que seja assim. A mãe do adulto é a mãe de quem se reaproximar. É a mãe a ser ressignificada, “recompreendida”, redescoberta. São muitas mães em uma mesma mãe.

Há ainda a mãe desejante. A mãe que mesmo sem um filho, o deseja. Não existe um/a filho/a sem sua mãe (e dificilmente há uma mãe sem alguém que a apoie). Seja ela biológica, do coração, mãe-vó, mãe-tia. Seja ela um pai que faça o papel materno. Todo bebê precisa de uma mãe que o ame, cuide dele e o apresente ao mundo. Todo bebê precisa de uma mãe que lhe empreste suas capacidades psíquicas e o ensine a pensar. Todo bebê precisa de uma mãe que o ame e que suporte os seus ódios (choros, birras...). Todo/a filho/a precisa de uma mãe que o/a auxilie a aprender como lidar com os limites da realidade. Todo ser humano é humano porque teve uma mãe que o humanizou.

Não é necessário ser uma supermãe. Não precisa ser uma mãe infalível. Basta ser uma mãe boa o suficiente para criar seu/sua filho/a percebendo aquilo que ele precisa em cada fase e cada situação e oferecendo a ele/a aquilo que ele/a precisa dentro da medida do possível. Basta ser uma mãe que se adapte às diversas situações de acordo com suas possibilidades. Antes de se estudar cientificamente a maternidade, antes dos livros de orientação sobre a maternidade, sempre existiram mães.
Há um saber ancestral, transmitido através de gerações, que a cada relação mãe-filho/a se reproduz e se renova.

Por: Carol Primo Psi

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