Carol Primo Psicóloga

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Cuidar da Saúde Mental de Nossos Filhos

Cuidar da Saúde Mental de Nossos Filhos

Enquanto os filhos estão sob nossa responsabilidade (sim, dando tudo certo, um dia eles cuidarão da própria vida de forma autônoma) cuidamos da saúde física deles, alimentação, educação, vestuário. A lista é extensa. Cuidamos (ou deveríamos cuidar) também da saúde mental deles. Paradoxalmente, quando falamos sobre saúde mental, a primeira coisa que costumamos pensar é a respeito das doenças mentais.

As psicopatologias existem e atingem também crianças e adolescentes. Um fenômeno que vivemos atualmente é justamente o grande número de crianças e adolescentes diagnosticados com doenças psíquicas. O artigo anterior (Tudo tem seu remédio) apresentou uma reflexão a respeito disso. O presente artigo enfoca como lidamos com o sofrimento dos nossos filhos e o que podemos fazer para ajuda-los.

Lidar com o sofrimento de um/a filho/a costuma ser doloroso para mães e pais. Cada pessoa acaba se relacionando com a situação de uma forma diferente. Pensamos em três possibilidades gerais (podem haver outras). A primeira: o sofrimento da criança/do adolescente angustia e leva mães e pais a consultarem profissionais da área da saúde como um meio de cuidar do/a filho/a. A segunda: muitas vezes mães e pais buscam diagnósticos como forma de diminuir a angústia, o que às vezes significa diminuição do sentimento de culpa pelo problema do/a filho/a (uma espécie de atestado de que não é culpa nossa).

A terceira possibilidade: mães e pais com dificuldade de suportar a angústia pelo sofrimento do/a filho/a minimizam a situação, não buscam ajuda e, por vezes falam coisas como “No meu tempo a gente passava por essas coisas e não acontecei nada”. Não pretendemos esgotar todas as possibilidades, mas ressaltar que comumente o sofrimento de um/a filho/a causa efeitos na vida das mães/dos pais. Sofrimento e pouca adaptação social não são sinônimos de doença mental, mas podem ser sintomas dela.
 
Na dúvida, um/a bom/a profissional da área da saúde (especialmente da área “psi”) é a pessoa mais indicada para avaliar se há necessidade de tratamento e se há diagnóstico de psicopatologia.

De forma geral, pensamos que estar próximo do/a filho/a e sensível para os sentimentos dele/a é uma forma de detectar a se há necessidade de buscar atendimento especializado. Costuma ser mais fácil se a comunicação foi cultivada desde o início da vida, mas sempre podemos investir em aspectos negligenciados da relação pais-filhos. Não pretendemos encontrar uma resposta final para essa questão.
 
Nosso objetivo é que a reflexão sobre um panorama mais amplo auxilie na reflexão pessoal sobre a forma como lidamos com a saúde mental de nossos filhos.

Por: Carol Primo Psi

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