Carol Primo Psicóloga

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Cinco Passos Para...

Cinco Passos Para...

Basta olhar qualquer site de notícias, especialmente aqueles que tratam a respeito de comportamento, para encontrar títulos como “Cinco passos para se dar bem no trabalho”, “Sete truques para ele nunca te deixar”, “Como ‘chapar’ a barriga em 10 passos”, e por aí vai. As promessas são tentadoras. Afinal, quem não quer ter garantia de que tudo dará certo? Quem não gostaria de seguir um manual simples, direto e sem chance de falhas? E quem não quer essa garantia também quando se trata de criar os filhos?

“Chovem” artigos desse tipo também quando se trata a respeito dos cuidados com os pequenos (e com os grandes também). É possível encontrar até quem garanta que existe uma forma de criar filhos perfeitos. Já falamos da sensação de segurança que a “garantia” de sucesso pode dar. Bastaria seguir algumas regras e tudo terminaria bem. Parece um bom plano.

Seria bom se as coisas fossem assim, mas não são. Apesar de existirem alguns direcionamentos que as diversas áreas do conhecimento nos indicam, ninguém pode afirmar que existe uma única forma infalível de criar filhos (Psicologia, Pedagogia, Medicina, Nutrição são exemplos de ciências que orientam a criação de filhos). Se não há garantia total, o que podemos fazer? Podemos refletir a respeito.

A ansiedade em acertar usando respostas prontas nos faz pensar em duas coisas. Primeiramente que, por maior que seja a gratificação em ser mãe/pai, ainda assim criar filhos angustia. Nos coloca diante de situações diversas e, por vezes, inesperadas que nos colocam diante de nossos próprios medos e que nos levam a ter que repensar sobre coisas que antes considerávamos inquestionáveis.

Em segundo lugar, há o medo da falha. Seja pelo amor que temos por nossos filhos, seja por um sentimento narcísico de querer ser bem-sucedido, ou ambos, o medo de errar, de vê-los sofrer, de sofrermos, nos impulsiona a buscar caminhos prontos que servem de defesa diante do medo do desconhecido (o futuro). Do que podemos ter certeza? De que artigos, palestras, etc. podem nos ajudar a refletir e a conhecer coisas novas, mas que, em última instância, cada um é responsável por seus comportamentos, atitudes e pensamentos.

Por: Carol Primo Psi

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